Davidson Abreu - escritor

Davidson Abreu - escritor

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Demolidor



Só agora (bem atrasado) estou terminando de assistir a série Deredevil, da netflix.
É uma pena eu não ser produtor ou diretor, pois a razão do sucesso da série, assim como de vários filmes de super heróis é o que eu falo há anos: basta ser fiel aos originais da HQ!
Finalmente hoje existe respeito as obras consagradas dos quadrinhos, principalmente as dos anos 80 e 90, que eram ignoradas pelo cinema, que acabava gerando porcarias como o Batman do Tim Burton.
A causa disso é simples: Os diretores, roteiristas e produtores de hoje, eram os fãs de HQ de ontem.

                   Imagem não é tudo. Foto do antigo filme fracasso do Demolidor.


Mas há outro fator determinante – Não basta colocar alguém em cena fantasiado e batendo em alguns bandidos. Deve haver uma história consistente, que prenda o espectador.
Demolidor acertou em cheio. Utiliza um ótimo personagem, a história é convincente com uma trama madura sobre o crime organizado, na qual o herói solitário tenta fazer a diferença.
Seguindo o caminho de outras séries de sucesso, a violência é real e marcante. Tanto na forma como ele consegue informações, espancando criminosos, como por parte dos bandidos, sendo o próprio herói vítima dessa violência.
As cenas de luta me surpreenderam e os confrontos dele exprimem uma violência que faz do Batman um cara gentil.
 Interessante também que mostra o desenvolvimento do personagem em tudo, carreira, forma de agir e pensar e até o uniforme.
Obviamente, há diferenças entre os personagens da série e das HQ, mas são bem sensatas, aliás, nas próprias histórias em quadrinhos essa alterações vão aparecendo junto com a mudança de roteiristas.



Por exemplo: Nas HQ o Rei do Crime, Wilson Fisk, é mais seguro e frio, mas acredito que focam com o início da carreira criminosa dele.
Sem dúvida, essa série salvou o personagem que ainda é lembrado pelo péssimo filme estrelado por Ben Affleck.
A única coisa que havia de bom no antigo filme era o uniforme, que era perfeito. Veja a comparação.



Mas o que poucos sabem é que o demolidor já apareceu em outra série, a antiga do Hulk.
Se acharam a versão “Affleckeriana” ruim, assistam a do Hulk pra ver o que é trash.
Uma das poucas críticas que faço a série é que ela é muito dinâmica (isso também pode ser entendido por outros como uma grande vantagem), dia após dia, quase não dá tempo dele se recuperar dos ferimentos, levando em conta que já tomou diversas facadas, socos, chutes, etc.




Não gosto também do clichê identidade revelada, sobre Foggy, seu amigo e sócio, descobrir que ele é. O Demolidor é um herói solitário que ficou décadas antes que alguém soubesse sua identidade.
Mas isso de mostrar a cara é praxe nos filmes do cinema, aliás, nem sei porque usam máscaras, já que é revelado pra alguém antes da metade do filme. Quer exemplos? Só pra citar os piores, todo mundo sabe quem é o Homem Aranha quando ele desmaia no metrô, Capitão América vive sem máscaras, o Homem de Ferro já diz quem é logo no primeiro filme e na TV, e o pior de todos é o Super Homem, que só o exército americano que não descobre sua identidade.
Poderiam também dar um pouco de ênfase na vida profissional, pois eles precisam de dinheiro, sendo que ele se torna um dos melhores advogados do país.
Pra dizer a verdade fica mais fácil de acreditar no herói cego do que em um escritório de advogados criminalistas que só aceitam clientes inocentes e ainda conseguem pagar suas contas.
  Outro detalhe é que ele está suando  demais pra bater em alguns criminosos. O personagem ainda está em desenvolvimento, mas não ganhará novos poderes nem treinamento, exceto por um bastão adaptado.

                O Demolidor é demolido pelo ninja do tentáculo.


Então, será difícil convencer quando começar a enfrentar os pesos pesados como Justiceiro, Gladiador, Elektra e o Mercenário, ainda mais se for verdade que esse será vivido por Jason Stathan.






Sem dúvidas o melhor seriado de super heróis.
Poderiam fazer o mesmo com o Batman, deixando de lado a parafernália e trabalhando o lado detetive dele.
Outro ótimo personagem para filmes ou para seriados seria o Demônio Etrigan, mas essa é outra história ...



quinta-feira, 11 de junho de 2015

Descanse em paz Christopher Lee

     Descanse em paz    
 Christopher Lee



Faleceu nesse domingo 07 de junho de 2015 o ator inglês de 93 anos de idade, Christopher Lee.
Talvez por eu ter conhecido Drácula através de seus filmes tenha admirado tanto o personagem, com sua interpretação impar, onde sem efeitos especiais, apenas com seus gestos e olhares, gelavam o coração dos espectadores.
Certamente foi minha inspiração para o livro A Vingança de Drácula, em fase de edição pela editora Madras.

                Um protótipo de capa que eu fiz por brincadeira.

A carreira de Lee despontou quando começou as interpretações de clássicos do horror na produtora Hammer Films, geralmente em parceria com o ator e amigo Peter Cushing.
Primeiro foi em A Maldição de Frankenstein (1957), A Múmia (1959) entre tantos outros sucessos como As Faces do Dr. Fu Manchu, Sherlock Holmes, Rasputin, O Monge Louco, O Homem de Palha, A Casa Que Pingava Sangue, A Mansão da Meia Noite, Eu, Monstro, onde interpreta do Dr Jack e Hide, entre tantos outros do gênero.

                                           



Mas sua trajetória seria mesmo marcado pelo Conde Drácula. O primeiro a interpretar o personagem foi O Vampiro da Noite (1958), sem dúvida o melhor de todos.
Seguido por Drácula, O Príncipe das Trevas (1966), Drácula, O Perfil do Diabo (1968), O Sangue de Drácula (1969), O Conde Drácula (1970), Drácula no Mundo da Mini saia (1972), Os Ritos Satânicos de Drácula (1973).
Ainda fora da Hammer El Conde Drácula (1970) e Drácula Pai e Filho (1976).
Detalhes nesse blog em:


Foi um grande vilão enfrentando James Bond em O Homem da Pistola de Ouro. Curiosamente, Ian Fleming, autor dos romances do personagem, é primo de Lee.

                                 Francisco Scaramanga

Nos últimos tempos Lee manteve-se sempre atuando em sucessos do cinema, não mais como personagem principal, mas suas aparições sempre foram importantes, como vilão secundário ou mesmo em pequenas pontas.

Como o Mago Saruman da trilogia O Senhor dos Anéis, o Conde Dookan (seria uma homenagem a Drácula? Pois no filme é vilão, conde, veste-se de preto e com capa) em Star Wars - Ataque dos Clones e A Vingança dos Sith.
















Sempre presente nos filmes de Tim Burton, O Cavaleiro sem Cabeça, A Fantástica Fábrica de Chocolate, A Noiva Cadáver (dublagem), Sweeney Tood, Alice no País das Maravilhas e Sombras da Noite.

 
                                      Em Sombras da Noite

Quando jovem fez parte do serviço de inteligência da Força Aérea Britânica, atuou diretamente na 2ª Guerra Mundial.
Fala fluentemente inglês, francês, espanhol, italiano e alemão.
Tem uma carreira musical e participou de discos de Heavy Metal.
Foi nomeado Comandante da Ordem Venerável de São João e cavaleiro inglês, Comandante da Ordem do Império Britânico.


                                                HQs

É mole?
Foi uma vida e tanto.
Ou não?

Drácula em sua figura ressurgiu tantas vezes, quem sabe ele não retorne?



terça-feira, 9 de junho de 2015

RENOVAÇÃO

RENOVAÇÃO



Enfim o blog Drácula e outras Criaturas transforma-se em Davidson Abreu.
Essa mutação fazia parte de meus planos e o momento chegou. 
A fim de facilitar ao público alvo, direcionando melhor a divulgação da página na tentativa de oferecer o melhor serviço que se propõe.
Mas afinal, de que se trata?



Nesse momento, prestes a ter o livro A VINGANÇA DE DRÁCULA publicado por uma das maiores editoras brasileiras do seguimento, a Madras, aproveito o blog como veículo de aproximação com os fãs desse e de outros temas.



Aqui abordaremos a literatura fantástica, contos e crônicas.
E também uma visão um pouco diferente do cotidiano, da situação do país, da Segurança pública e outros assuntos que vierem à tona.
Em um primeiro momento o foco será nas minhas obras que estão sendo publicada e nos projetos.
O contato direto com o leitor, interessados na ficção e na realidade de nosso país, transformarão esse blog em um divertido meio de comunicação entre pessoas especiais e com ideais semelhantes, mesmo que em algum momento o ideal seja apenas desconectar-se e apreciar uma ótima leitura.
É apenas um começo e como todo começo acaba sendo mais lento do que realmente gostaríamos, devido nossa ansiedade, mas em breve alcançaremos as pessoas certas e junto seremos várias vozes em um mesmo tom. Ou melhor, várias mentes em uma mesma leitura.

Entre tantos assuntos, veremos sobre:



O livro publicado COMBATE TÁTICO – Defesa Pessoal Urbana
Sobre defesa pessoal, conta com teorias, legislação penal, uma rápida abordagem sobre Segurança Pública e golpes práticos e eficientes.
Conto com minha experiência de mais de 20 anos na Polícia Militar do Estado de São Paulo, como instrutor de Defesa Pessoal e professor de Hapkido, para repassar os ensinamentos.

O livro em fase de edição – A Vingança de Drácula

                                           Capa teste do autor

Inicia após o fim do romance de Bram Stoker, com a ressurreição do conde vampiro. Seus objetivos anteriores são revelados, agora ele busca vingança e o domínio da Europa.
A história se passa no início do séc. XX, onde participam personagens históricos e também fictícios fruto dos romances da época.

Livro em fase de finalização – EU, vampiro.
Como uma pessoa normal reagiria ao descobrir que foi transformado em vampiro?
Esse é o grande problema de Christopher. Ele começa a desenvolver os sintomas até que finalmente entende o que aconteceu. Mas qual o motivo? Existem outros iguais? Como irá sobreviver? Como irá se manter financeiramente? Como ter uma vida social?
Após começar a se adaptar ele irá descobrir que as coisas são muito mais complicadas do que parece.



LIVROS EM PROJETOA Vingança de Drácula 2 

                                           – Não escreva sobre mim.

                                            A Vingança de Drácula 3 

                                          – O poder está em suas mãos – título provisório.
Esse, em especial, é um estudo que compartilharei com vocês com estratégias para conquistar tudo o que você sempre sonhou. Acredite.
Falaremos muito sobre isso.



PENSAMENTOSPérolas
Os diversos pensamentos, alguns nada aproveitáveis, que passam pela cabeça desse autor.
Uma leitura leve e divertida, mas com momentos de polêmicas.

CONTOOs Meninos da Lagoa
Quais mistérios rondam um caso de afogamento ocorrido na Lagoa da Saudade, no morro da Nova Cintra, em Santos SP?




CRÔNICAS – Chegou à hora de realizar o Brasil
                       – Um passeio pela infância
                       – Razão nas coisas feitas pelo coração
e muitas outras.

Aproveite seu tempo de maneira gostosa e inteligente.
Acompanhe esse blog.





quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

DRÁCULA A História Nunca Contada

DRÁCULA
A História Nunca Contada



Um novo filme e uma nova decepção.
A ideia foi mais do que interessante em contar a origem do vampiro mais famoso de todas as mídias.
Esse fato nunca foi esclarecido por Bram Stoker em sua obra.
Foi ligeiramente bem abordado no filme Drácula, de Bram Stoker, dirigido por Francis Ford Copolla, que deixou no ar a vontade de saber sobre essa fase do vampiro.
No filme de 1992 sua origem é explicada após o suicídio de sua amada e a impossibilidade dela ser enterrada em solo cristão e estar condenada ao inferno o faz renegar a Cristo, e num acesso de fúria, Vlad crava sua espada na cruz da capela de seu castelo e dela escorre sangue.
Ele bebe esse sangue, dando a entender que a partir daí torou-se o vampiro.

                                  O inigualável filme de Copolla

Já no filme Drácula 2000, esse um pouco exagerado com foco no público adolescente ao estilo de Blade, a origem é um tanto curiosa.
Mostra ao final que Drácula na verdade era Judas Escariote !!!
Por isso era imortal. Sua aversão à prata se deu devido ao fato de ter traído Jesus por trinta moedas de prata, e a vulnerabilidade a madeira e aos símbolos cristãos devido a crucificação de Cristo. Sendo que sua imortalidade era uma maldição pelo seu feito.

                             Gerard Butler em Drácula 2000

Quando assisti ao trailer de Drácula – A História Nunca Contada, fiquei entusiasmado ingenuamente. Se me esforçasse um pouco saberia o que estava pra vir.
O cinema americano busca atingir um grande público indiferente se o filme é bom ou ruim.
Então tenta sempre a censura livre ou quase, portanto, não seria um filme de terror. E Drácula é terror.
Aproveitando a moda e a facilidade de hoje em efeitos especiais transformaram Drácula em um super herói, nem ao menos para ser um supervilão.
Vejamos a sinopse:

“Os habitantes da Transilvânia sempre foram inimigos dos turcos, com quem tiveram batalhas épicas. Para evitar que sua população fosse massacrada, o rei local aceitou entregar aos turcos centenas de crianças. Entre elas estava seu próprio filho, Vlad Tepes (Luke Evans), que aprendeu com os turcos a arte de guerrear. Logo Vlad ganhou fama pela ferocidade nas batalhas e também por empalar os derrotados. De volta à Transilvânia, onde é nomeado príncipe, ele governa em paz por 10 anos. Só que o rei Mehmed (Dominic Cooper) mais uma vez exige que 100 crianças sejam entregues aos turcos. Vlad se recusa e, com isso, inicia uma nova guerra. Para vencê-la, ele recorre a um ser das trevas (Charles Dance) que vive pela região. Após beber o sangue dele, Vlad se torna um vampiro e ganha poderes sobrehumanos.”

                                   set de filmagens

Basicamente é isso ai.
A ideia é boa. Algumas cenas são bem legais e os efeitos são bons, mas há muito tempo isso deixou de ser a receita de sucesso, ainda mais quando se trata de um personagem conhecido e já muito bem retratado.
Seus poderes são exagerados, o que tornaria impossível ele ser destruído por Van Helsing e seus amigos séculos depois.
Seu passado de empalador é apenas comentado, e nem dão muita bola pra isso.
Nem ao menos ele aparenta ser uma pessoa dura ou autoritária.
Mostra-se como um bom e amável rei.
A dificuldade para produzirem um filme do Drácula começa pela escolha dos atores que irão compor o personagem.
Pois sempre serão comparados a Bela Lugosi, Christopher Lee, Frank Langela, Gary Oldman e até mesmo, em uma escala menos exigente, Gerard Butler.


Marcaram como o personagem:Bela Lugosi, Frank Langella, Christopher Lee e Gary Oldman

Deve também ter em mente onde quer chegar com o seu filme.
Se é fazer o tipo Senhor dos Anéis, como disse o próprio diretor, escolha outro personagem.
Na verdade utilizaram uma boa ideia tentando usar todas as receitas para ganha dinheiro: personagem conhecido, tema da moda, efeitos especiais digitais, censura amena, igual aos filmes baseados em super heróis de HQ, e deixa um final para uma continuação na esperança de se tornar uma franquia.
Como se não bastasse o filme ainda abusa do clichê da ressurreição, só que dessa vez Drácula é um suicida!



Ao final, como não poderia deixar de ser, aparece aquela breve cena que deixa aberto para uma continuação, ou como sonham seus produtores, uma franquia.
Mas já é mostrado em nossos dias atuais, e assim perdem outra ótima oportunidade de sucesso: a de mostrar histórias do príncipe vampiro em outros séculos, coisa que nunca foi produzido.
O filme não é de todo ruim, como já disse. Boas cenas, bons momentos, e só. 
Para assistir descompromissado. O grande problema é terem escolhido o personagem que está caracterizado de forma concreta na mente de todos.

Que saudade de Christopher Lee, que mesmo nos filmes ruins que interpretou o vampiro, sua aparição causava calafrios.