Davidson Abreu - escritor

Davidson Abreu - escritor

sexta-feira, 30 de agosto de 2013


LOBISOMEM




O ser híbrido entre humano e lobo habita o folclore mundial.
Em algumas referências é um homem que se transforma completamente em lobo.
Muito temido na Europa central e oriental, e também no interior do Brasil.
Ainda hoje há quem acredita na existência da criatura.
Transforma-se em noites de lua cheia onde exerce sua fúria assassina, nem tanto em busca de alimento, mas na vontade de matar.
A forma de alguém se tornar um lobisomem varia. Desde ser atacado e ferido por um, ou ferido por um lobo com o vírus da raiva, ou também por ser o sétimo filho homem em uma sequência de sete filhos do sexo masculino.
Essas são as principais maneiras de se transformar em um lobisomem, podendo ter algumas pequenas variações.
Seus poderes são a força sobre humana ou proporcional a um lobo com mais de 1 metro e 80 centímetros e mais de 90 quilos. Agilidade também sobre humana, garras e presas afiadíssimas.
Pode ser ferido, mas só pode ser morto através da prata, de preferência balas (munição) de prata pura benzidas por um padre e pelo fogo.
A criatura foi posta nas telas onde ficou mais fácil de manter a imagem em nossa memória como foi retratada.



Lon Chaney Junior interpreta Larry Talbot que é amaldiçoado e se transforma em um lobisomem no filme O Lobisomem, de 1941. 
Há uma rápida participação de Bela Lugosi (Drácula) como um cigano.
Ele não é um monstro convencional que exala maldade, mas alguém atormentado por uma maldição, que acaba sendo um drama de terror.


                                            Lobisomem - 2010


Um ótimo remake foi lançado em 2010, porém não obteve a recepção esperada das bilheterias.
No elenco estavam excelentes atores como Benicio Del Toro, Antony Hopkins, Emily Blunt e Hugo Weaving.
Em minha opinião, foi uma justa homenagem ao filme de terror da Universal. 



Outros diversos filmes foram produzidos e muitas outras participações em crossover, como Frankenstein encontra o Lobisomem, de 1943, que foi um ótimo filme em que Talbot é ressuscitado.



Bala de Prata ou A Hora do Lobisomem, de 1985 (seguindo a tradicional tradução nacional, na qual trata o público como idiota tentando relacionar o filme com o sucesso A Hora do Espanto) é um longa baseado na obra de Stephen King.
Filme muito bom que coloca o público em suspense ao sentir na pele o desespero de um garoto em cadeira de rodas tendo que enfrentar o monstro.
Há toda uma trama que envolve preconceitos diversos, além é claro, do foco na fera.




Um Lobisomem Americano em Londres de 1981, vencedor do Oscar de melhor maquiagem, é um dos clássicos do gênero, onde conta a história de dois irmãos gêmeos americanos em turismo na Inglaterra, onde em um ataque um dos irmãos morre e outro fica ferido adquirindo assim a maldição.
Se isso já não bastasse, o espírito de seu irmão o atormenta para que ele se mate e quebre a maldição, que faz com que todas as vítimas não tenham descanso no mundo espiritual e ainda apareçam cada vez mais em pior estado de decomposição.


                             O espirito do irmão que morreu nas garras do monstro

Lembro que eu me escondia quase em baixo da cadeira cada vez que o irmão dele aparecia. Na verdade nem sei como deixaram eu e meus amigos entrarem no cinema, tínhamos no máximo de dez a doze anos de idade.
O filme é de 1981, mas demorava alguns anos para passar em algumas cidades do Brasil, na época.
A maquiagem era da melhor qualidade e as cenas de transformação foram as primeiras a mostrar as etapas da transformação.





                                             A primeira transformação
                                                         

Vale lembrar que não dispunham de computação gráfica.
A minha única decepção é que após completamente transformado se aparenta com um lobo de juba, e também morre relativamente de maneira fácil, em nada diferindo se fosse, por exemplo, um leão ou tigre solto por Londres.




Michael Jackson entrou na onda seguindo o clássico em seu vídeo clip Thriller lançado em 1983, com cenas de transformação melhores do que muitos filmes do cinema.


                                     Ficou um pouco parecido com um gato

Foi dirigido por John Landis, o mesmo diretor de Um Lobisomem Americano em Londres. Venceu diversos prêmios sendo considerado um divisor entre os vídeos clipes de antes.



O Garoto do Futuro teve como protagonista o ator Michael J. Fox, que fazia muito sucesso nos anos 80.
Conta a história de um adolescente que descobre sofrer uma maldição de família e se transforma em um lobisomem.


                              Michael J. Fox transformado em um jogo de basquete

Mas, diferente do que todos pensam, ele não se torna violento e consegue controlar a sua transformação, fazendo disso uma tremenda curtição.
A dublagem nacional, não sei por qual problema, acabou piorando o filme, porque yrocaram as músicas (trilha) por péssima sonorização digital típica da época.
Para se ter ideia tiraram até a famosa Stayin Alive, de Bee Gees, que tem tudo a ver com a cena.
Caso alguém compre o DVD, assista com a sonorização original (legendas).




Em 2011 foi ao ar o seriado homônimo Teen Wolf, produzido pela MTV, baseado no filme de Michael J. Fox.




Bicudo, O Lobisomem de 1978, foi um desenho animado derivado direto de Scoobdoo, porém o personagem principal era Sherman “Fangs” que se transformava ao ver a lua cheia ou uma imagem dela.
Teve apenas uma temporada e uma outra após a inclusão de um bebê lobisomem, Bicudinho.




O Lobisomem da Marvel Comics (HQ) foi publicado pela primeira vez em 1972, daí por diante fez aparições constante junto a super heróis e também enfrentando Drácula no titulo A Tumba de Drácula.



                                                HQ do lobisomem

Seu desenho é caracterizado pela figura tradicional, baseada no lobisomem de Lon Chaney Jr.

O tema é amplo, chegou até mesmo a ter um seriado de TV nos anos 80, passou no Brasil pela rede Globo.
Tinha bons efeitos especiais e algumas transformações interessantes, onde quem se transforma troca de pele, como se o lobisomem saísse pela boca do ser humano, se despindo.




Lembro-me de um episódio, em que mesmo sendo adolescente achei ridícula a cena em que Alamo Joe Rogan, seu perseguidor, entra atrás da fera em um beco escuro, munido de seu rifle, em chapéu de cowboy e óculos ryban!
Você entraria em um beco escuro durante a noite com chapéu e óculos atrás de um lobisomem ?!?!?!
Ou melhor: Você entraria em um beco escuro durante a noite com chapéu e óculos ?!?!
Melhor ainda: Você entraria em um beco escuro durante a noite?
Ou até mesmo: Você entraria em um beco escuro?
Rsrsrs. Na verdade quis dizer que ninguém caçaria um lobisomem diminuindo a própria visão.
Brincadeiras a parte, a série teve sucesso de público e crítica, sendo encerrada devido a problemas de ordem contratual.

Há outros filmes sobre o tema, alguns bons e muitos péssimos.
clássico é sempre lembrado através de artigos como chaveiros, action figure, etc.





                                          Homenagem da Lego

A originalidade do personagem, salvo algumas exceções, é que é tida realmente como uma maldição e que o afetado quer se livrar dela.
Não faz o mal por prazer ou objetivos de poder. Chega a pensar ou tentar até o suicídio.





terça-feira, 27 de agosto de 2013


FRANKENSTEIN



Inusitadamente para a época, esse romance de horror foi escrito por uma mulher, a escritora britânica Mary Shelley.
Ao passar um atípico verão com péssimo clima devido a uma erupção vulcânica que encobriu o céu a beira do Lago Léman, na presença de Perry Bysshe Shelley, seu futuro marido, de Lord Byron e do também escritor John Polidor.
Durante a noite se revezavam ao lerem contos de terror, até que Lord Byron propôs para que todos escrevessem uma história. 
Logo após Perry Polidor escreveu O Vampiro, sendo a primeira história ocidental sobre vampiro, que serviu de inspiração a Bram Stoker para Drácula.
Sheley escreveu Frankenstein ou O Moderno Prometeu com apenas 19 anos de idade. Completou a obra em 1817, sendo ela publicada ao início de 1818.
Curiosamente ela nunca deu o nome de Frankenstein ao monstro, referindo-se a ele como criatura e outros adjetivos. O nome de seu criador é que era Victor Frankenstein.
Nas primeiras edições não foram impressas com o nome da autora.
Outra das curiosidades é que a tonalidade da pele dele era amarela e não esverdeada como ficou sendo conhecido posteriormente.

Thomas Edson em 1910 realizou a primeira adaptação cinematográfica da obra que seria seguida de várias outras adaptações.

                                        Imagem do filme de Thomas Edson

A imagem que temos gravada em nossa memória como sendo a figura do monstro se deve ao filme de 1931, onde o ator Boris Karlof interpreta a criatura.



Caracterizada com um olhar “morto”, eletrodos na cabeça, confundidos com parafusos, cabeça achatada, muito alto e forte.
O livro descreve a criatura como muito ágil, mas as adaptações costumam apresentá-lo com o andar pesado e lento.


       Essa cena foi proibida por entenderem conter uma violência perturbadora.


Em 1943 Bela Lugosi, conhecido como Drácula, encarna o personagem em um encontro interessante em Frankenstein encontra o Lobisomem.



Esse foi o primeiro cross over de personagens de filmes de terror.
Lon Cheney Jr interpretou novamente o lobisomem, pois já o havia feito em 1941 no filme que foi um grande sucesso.

Seguiram-se outros filmes com o personagem como em 1935 A Noiva de Frankenstein.



Outros filmes desprezíveis, comédias e seriados também utilizaram a figura do monstro.

A dupla da Hammer Christopher Lee e Peter Cushing também não ficaram de fora e encarnaram criador e criatura em 1957.



Em 1974 Mel Brooks dirige um clássico do humor negro, O Jovem Frankenstein, com o impagável Gene Wilder, como o neto do Barão Victor Frankenstein, e Marty Feldmen como o corcunda Igor nessa comédia gravada em preto e branco.



Os cenários foram copiados fielmente do filme de 1931, e alguns dos maquinários foram os mesmos utilizados.

Em 1994 seguindo o sucesso de Drácula de Bram Stoker, foi lançado Frankenstein de Mary Shelley, onde Robert De Niro vive o personagem.

                                                          De Niro


Em 2004 o monstro aparece bonzinho no filme Van Helsing – Caçador de Monstros, como uma das piores adaptações em um filme terrível.

Nos quadrinhos ele aparece em Capitão Mistério.



Pela Disney, na série Pateta faz História.



Na Marvel Comics também fez aparições.
Não há como negar que serviu de inspiração para a criação do Incrível Hulk.


                                        Nitidamente inspirado no monstro



                                              Enfrentando o Hulk

Nos desenhos animados ele dá o ar de sua graça diversas vezes, só perdendo em número de aparições para o Conde Drácula.
Entre tantos outros ou inspirados na figura temos Milton, o Monstro Feliz.



Frankenstone, da série dos Flintstones:



 Em Frankenstein Júnior:



 Em Action Figure:

            Belíssimo trabalho retratando o primeiro cross over dos clássicos monstros



Em tatuagens:




Jogos de vídeo game, e diversas outras mídias.
Um personagem atormentado vindo ao mundo em situação alheia a sua vontade pela ciência de alguém brincando de ser Deus.



terça-feira, 20 de agosto de 2013


Monstros da Universal Studios



A Universal Studios foi a responsável pela massa de monstros que invadiram as telas do cinema.
Conhecidos como Monstros Universais ou Horror Universal, foi a sequencia de filmes produzidos pela Universal entre 1923 e 1960.
Os personagens tornaram-se clássicos e sua mitologia feita a partir das telas é sólida até hoje, como por exemplo, a capa do Conde Drácula.
Os atores que interpretaram os monstros também e tornaram sinônimos de filmes de terror, como Bela Lugosi, Lon Chaney, Lon Chaney Jr e Boris Karloff.



A série começou com o filme O Corcunda de Notre Dame, em 1923, que na verdade não é um filme de terror. O ator Lon Chaney iniciaria seu legado.

Em 1925 foi produzido O Fantasma da Ópera, esse sim já considerado como terror. Estrelado novamente por Lon Chaney.



Em 1931 foi a vez de Drácula, com Bela Lugosi, e Frankenstein, com Boris Karloff.
Ler as matérias nesse blog: "O Drácula de Bela Lugosi" e "Frankenstein". 

O sucesso com esse gênero não lançou apenas atores e diretores, mas também deu importância a maquiadores e compositores, ambos importantíssimo aos sustos e ao suspense.

Em 1932 foi a vez da Múmia, com Boris Karlof. A maquiagem é assustadora até para os dias de hoje.



Em 1933 a obra de H. G. Wells foi as telas gerando um enorme sucesso – O Homem Invisível.






Em 1975 foi lançado o seriado O Homem Invisível, só que agora bonzinho.



Em 1976 outra série, Gemini Man, que acabou indo ao ar apenas o piloto e mais 6 episódios.



Em 2000 um remake do seriado estreou no Sci Fi chanell, encerrada em 2002 devido ao alto custo e brigas internas.



Nos cinemas o papel de homem invisível ficou para Kevin Bacon em o Homem sem Sombra (2000), que depois teve uma continuação com Christian Slater.





O fantástico roteirista de quadrinhos Alan Moore criou A Liga Extraordinária, com personagens da literatura, entre eles o próprio Homem Invisivel e Dr. Jekyll e Sr. Hide.




Dos quadrinhos para o cinema foi produzido o filme homônimo, e como na maioria das vezes o resultado foi muito inferior.



Com a entrada da década de 1940 foi iniciado muito bem as produções com O Lobisomem, em 1941, estrelado por Lon Chaney Jr.
Ler a matéria nesse blog: "Lobisomem"




Em 1943 foi gravado um remake de O Fantasma de Ópera, dessa vez um musical.

Os já consagrados personagens também tiveram suas sequencias na década de 40 como A Mão da Mumia, O Fantasma de Frankenstein, A Casa de Drácula, A Casa de Frankenstein, entre tantos outros, chegando por fim nas comédias com Abbott e Costello.

Na década de 50 a receita estava desgastada e só seguiu em frente de vido ao sucesso de 1954 O Monstro da Lagoa Negra, que teve mais duas continuações, que atraiu novos fãs ao gênero.




Em 1957 os estúdios Hammer entrariam no mercado do horror, mas isso é uma outra matéria.



Foi a última década do horror da Universal, não que a produtora não tenha mais lançado filmes do gênero, mas em uma escala muito menor.

Nos últimos anos vários remakes foram produzidos, alias, hoje Hollywood vive apenas de remakes e filmes de super heróis .

Os clássicos monstros da Universal ainda são e sempre serão lembrados, seja pelos filmes originais, regravações, ou por:

SELOS COMEMORATIVOS -







TATUAGENS -








              ACTION FIGURE -





MÁSCARAS DE BORRACHA -


E até mesmo ROUPAS INTIMAS !!!


                       Pois é ! Tem gente que tem medo.